Quando se nasce para ser só
Não adianta atar os sonhos
É preciso aprender a caminhar
Sem ter de querer companhia
Quando se ama uma alma solitária
Tanto faz se é rosas ou cravos
Tanto fez fez se é música ou poesia
Engane-a com cantigas falsas
e caia na boêmia
Quando se deseja a solidão
Não procure fazer sonetos ou declarações
Tenha a carne como propenção
E o coração olvide na gaveta
Quando se faz ímpar
Nada de seguir as etiquetas
Chegue sempre atrasado
e dela se esqueça
quarta-feira, setembro 03, 2008
sexta-feira, agosto 15, 2008
Modo de preparo
Junte o cheiro de terra molhada
com as revoadas das primaveras.
Umedeça com o orvalho
das laranjeiras em flor.
Aguarde o fim da tarde rosa, na janela e
corte as margaridas.
Confeite com bolhas de sabão
alternando com sementes de dente de leão.
Pronto
Sirva à gosto de infância.
com as revoadas das primaveras.
Umedeça com o orvalho
das laranjeiras em flor.
Aguarde o fim da tarde rosa, na janela e
corte as margaridas.
Confeite com bolhas de sabão
alternando com sementes de dente de leão.
Pronto
Sirva à gosto de infância.
domingo, julho 13, 2008
quinta-feira, junho 19, 2008
Virgem do pátio
quarta-feira, junho 18, 2008
Amigos,
um poema meu foi publicado no blog de uma grande amiga http://compartilhandoasletras.blogspot.com/
Façam uma visita e comentem!
Comentário da Helga sobre o poema:
"Realmente, os versos de Leonardo são belos.
A alma de um poeta é o reflexo da pureza,
da magia dos sentimentos que afloram no mais íntimo
dos seus pensamentos, de suas idéias.
É muito bom conferir trabalhos tão dignos
de aplausos. Parabéns pela iniciativa,
por continuar divulgando a arte em suas diversas formas".
comentário de SADY FOLCH DE CARDONA sobre o poema:
"Este poema do Leonardo me fez pensar quanto os poetas
vivenciam o sofrimento do amor com poesia quando
constroem seus poemas.Tornam o momento sofrido
em causa para a obra.
Imprimir beleza com momentos tristes,
só mesmo sendo poeta. Só mesmo o Cristo conseguiu
algo tão sublime. E igual aquela beleza, só a Sua volta.
Mas aí será só alegria".
um poema meu foi publicado no blog de uma grande amiga http://compartilhandoasletras.blogspot.com/
Façam uma visita e comentem!
Comentário da Helga sobre o poema:
"Realmente, os versos de Leonardo são belos.
A alma de um poeta é o reflexo da pureza,
da magia dos sentimentos que afloram no mais íntimo
dos seus pensamentos, de suas idéias.
É muito bom conferir trabalhos tão dignos
de aplausos. Parabéns pela iniciativa,
por continuar divulgando a arte em suas diversas formas".
comentário de SADY FOLCH DE CARDONA sobre o poema:
"Este poema do Leonardo me fez pensar quanto os poetas
vivenciam o sofrimento do amor com poesia quando
constroem seus poemas.Tornam o momento sofrido
em causa para a obra.
Imprimir beleza com momentos tristes,
só mesmo sendo poeta. Só mesmo o Cristo conseguiu
algo tão sublime. E igual aquela beleza, só a Sua volta.
Mas aí será só alegria".
quarta-feira, junho 04, 2008
Essência

Dentro do ônibus tudo se passa
Dentro do mar inspira calma
Dentro da igreja habita o silêncio
Dentro da laranja: semente
Dentro de casa, gente
Dentro da casca a alma
Dentro de mim arde incêndio
Dentro do livro adormeçe a traça
Dentro do ônibus tem gente
Dentro do mar afoga o incêndio
Dentro da igreja limpa-se a alma
Dentro da laranja, uva passa
Dentro da casa impera o silêncio
Dentro de mim rói a traça
Dentro da casca nasce a semente
Dentro do livro refugia a calma
Dentro do ônibus é incêndio
Dentro do mar a vida passa
Dentro da igreja cheira a traça
Dentro da laranja desperta a calma
Dentro da casa, porque não alma?
Dentro de mim, ainda não sei?
Silêncio, calma, gente
Dentro do mar inspira calma
Dentro da igreja habita o silêncio
Dentro da laranja: semente
Dentro de casa, gente
Dentro da casca a alma
Dentro de mim arde incêndio
Dentro do livro adormeçe a traça
Dentro do ônibus tem gente
Dentro do mar afoga o incêndio
Dentro da igreja limpa-se a alma
Dentro da laranja, uva passa
Dentro da casa impera o silêncio
Dentro de mim rói a traça
Dentro da casca nasce a semente
Dentro do livro refugia a calma
Dentro do ônibus é incêndio
Dentro do mar a vida passa
Dentro da igreja cheira a traça
Dentro da laranja desperta a calma
Dentro da casa, porque não alma?
Dentro de mim, ainda não sei?
Silêncio, calma, gente
quinta-feira, maio 29, 2008
Poema a quatro mãos

A gente tem que começar com alguma coisa.
Coisa todo mundo tem,
Ter todo mundo gosta.
Gostar? Eu gosto de coca-cola de garrafa.
Garrafa tem origem árabe
E árabe é o quibe de minha mãe.
Mãe tem um grande coração!
Coração de galinha num churrasco. Hummmmm!
Um é o número da Trindade,
Trindade é uma ilha linda.
Linda é a minha cadela!
Cadela é a safada da minha ex-namorada, Davene!
Davene é nome de creme,
Creme protetor que a branquela usa no verão.
No verão vou à piscina,
A piscina pública está sempre lotada.
Lotada é a van que passa no pé do meu morro.
Morro sempre tem gente,
A gente tem que terminar com alguma coisa.
Renata Portella
Leonardo Barros
domingo, maio 25, 2008
Duas vidas
Possuo duas vidas.
A que vivo e a que sonho.
A que vivo dói tanto
Assim vivo sonhando
Sonho que posso mais,
Sonho que vai ser fácil
Que vai acontecer.
A dor que vivo aperta,
arrebenta,
violenta,
seca.
Com o sonho que sinto
enxergo as possibilidades:
de ter você,
de ser,
de fazer, de ir.
Preciso atar as duas
a que vivo e a que sonho.
É a vida que não dói
que te proponho.
A que vivo e a que sonho.
A que vivo dói tanto
Assim vivo sonhando
Sonho que posso mais,
Sonho que vai ser fácil
Que vai acontecer.
A dor que vivo aperta,
arrebenta,
violenta,
seca.
Com o sonho que sinto
enxergo as possibilidades:
de ter você,
de ser,
de fazer, de ir.
Preciso atar as duas
a que vivo e a que sonho.
É a vida que não dói
que te proponho.
terça-feira, maio 06, 2008
Dor

É por sofrer as dores do mundo
Que ando vacilante
Que ando em prantos
Na sua cama deito mudo
E você nem reclama
Serás que me ama? ou tens compaixão?
Ser poeta é ser soítário
Viajante errante sem chão
Sem itinerário, vago à procura
de uma Estação
O seu mundo já é domado
Nunca me pertencerá
Sei que nunca fui do seu agrado
Possuo o coração esmagado
Que de tanto amar
deixou-se entregar.
segunda-feira, março 31, 2008
Um soneto
Você faz meu carnaval,
Ensina-me viver e amar-te
Age como vendaval,
Muda meu querer com arte.
Ouço-te no festival,
Escuto por toda parte
Teu sorriso. Minha nau
Meu escudo, meu baluarte
Silenciosa paixão
Afeto avassalador
Segredos do coração
Prazer sem exatidão
Amor admirador
Toda minha devoção
Ensina-me viver e amar-te
Age como vendaval,
Muda meu querer com arte.
Ouço-te no festival,
Escuto por toda parte
Teu sorriso. Minha nau
Meu escudo, meu baluarte
Silenciosa paixão
Afeto avassalador
Segredos do coração
Prazer sem exatidão
Amor admirador
Toda minha devoção
terça-feira, março 18, 2008
Cantiga pra não morrer

Quando você for se embora,
moça branca como a neve,
me leve.
Se acaso você não possa
me carregar pela mão,
menina branca de neve,
me leve no coração.
Se no coração não possa
por acaso me levar,
moça de sonho e de neve,
me leve no seu lembrar.
E se aí também não possa
por tanta coisa que leve
já viva em seu pensamento,
menina branca de neve,
me leve no esquecimento.
Ferreira Gullar
quarta-feira, fevereiro 27, 2008
quinta-feira, fevereiro 14, 2008
Je sui le petit prince

No meu mundo só cabe
Um
Talvez, quem sabe
Dois.
Sempre tem alguém que me cativa
Cative-me!
Minha ruína de castelo,
Minha bela rosa vermelha,
(que tanto me apaixona!)
meu vulcão em erupção
Poucas coisas estão no meu mundo.
Sou um príncipe tão pequeno.
Pegando sempre um cometa,
Para não ficar no meu mundo
Só, sozinho, solitário.
Em cada reino que eu passo
Fica em mim, como que impregnado,
Cheiros, gostos, sensações.
Não permaneço por muito
Tempo, horas, minutos
Pois tenho minha rosa pra cuidar,
Mimar, regar, acariciar.
Andei em desertos, rochas e neves
Até encontrar a estrada
E as estradas vão todas em direção
Dos homens
E caminhando assim, por entre os homens,
Um
Talvez, quem sabe
Dois.
Sempre tem alguém que me cativa
Cative-me!
Minha ruína de castelo,
Minha bela rosa vermelha,
(que tanto me apaixona!)
meu vulcão em erupção
Poucas coisas estão no meu mundo.
Sou um príncipe tão pequeno.
Pegando sempre um cometa,
Para não ficar no meu mundo
Só, sozinho, solitário.
Em cada reino que eu passo
Fica em mim, como que impregnado,
Cheiros, gostos, sensações.
Não permaneço por muito
Tempo, horas, minutos
Pois tenho minha rosa pra cuidar,
Mimar, regar, acariciar.
Andei em desertos, rochas e neves
Até encontrar a estrada
E as estradas vão todas em direção
Dos homens
E caminhando assim, por entre os homens,
Compreendi o essencial.
segunda-feira, janeiro 28, 2008
Menosprezo
Você esquece que eu esqueço.
Daí reponde o esquecido.
fala comigo depois que adormeço,
e não quer que eu fique aborrecido.
Sabes que por você tenho apreço.
Tuas culpas tenho absolvido,
mas, por favor, esqueça meu endereço.
Pode deixar que não fico ressentido.
Não quero ter você como meu tropeço,
para não te amar, devia ter me benzido!
Daí reponde o esquecido.
fala comigo depois que adormeço,
e não quer que eu fique aborrecido.
Sabes que por você tenho apreço.
Tuas culpas tenho absolvido,
mas, por favor, esqueça meu endereço.
Pode deixar que não fico ressentido.
Não quero ter você como meu tropeço,
para não te amar, devia ter me benzido!
sexta-feira, janeiro 25, 2008
Memórias de verão
Todo verão sempre é a mesma coisa. Um sol de quase 40º durante o dia e à tarde aquela chuva refrescante, que às vezes se transforma numa espetacular tempestade. O rio enche, as árvores ficam mais verdes e sem falar nos insetos que se põem a voar. São besouros e mosquitos numa ópera sem fim. Janeiro tem que chover, ao menos no seu início. Tem dias que temos de retirar aquele casaco, já guardado do inverno, lá no fundo do armário e juntá-lo ao guarda-chuva.
Todas minhas férias eu e meus primos íamos com freqüência para casa da vovó. Desde pequeno lembro-me de minha avó dando nomes para cada tipo de chuva: chuva de vento, chuva de condão e chuva de voltas. Quando calhava de cair uma tempestade destas que vira a tarde e entra pela madrugada afora minha avó fazia uns bolinhos de chuva deliciosos e punha-se a contar seus fantásticos causos. Era um mais horripilante do que o outro, ou então eram suas recordações de infância.
Sempre eu a ajudava com os ingredientes para os bolinhos. Ovos, leite, fermento e trigo. Quando ela misturava a manteiga ao açúcar eu sempre roubava um pouco, depois era uma briga para ver quem ia raspar a travessa, no final a vovó dava uma colher de pau para cada um e assim iniciava a disputa para ver quem dava mais lambidas.
Cada neto tinha suas preferências culinárias. Uns o bolinho de chuva, outros o bolo mármore, até hoje não sei ainda como ela fazia aquele bolo. Era extraordinário, ela misturava uma massa de bolo branco ao bolo de chocolate, colocava tudo numa forma de furo no meio. Quando assava era uma maravilha, as massas não se misturavam. Que delícia!
Enquanto o bolo não ficava pronto, todos seus netos sentavam no tapete da sala para escutá-la. Todos calados, não perdíamos uma só respiração da vovó. Eu gostava de ouvir as traquinagens que minha mãe aprontava com os seus irmãos. Era uma grande farra saber o quanto eles aprontaram na infância.
Conforme o bolo ficava pronto ela o punha na mesa, junto ao café, a lata de leite Glória e a lata de biscoitos que tinha na tampa uma gravura de uma menininha com um ramalhete de flores vermelhas. Ávidos corríamos para a mesa, a briga agora era pra ver quem ia sentar ao lado da vovó.
Os meninos depois do lanche saiam a procurar besouros, fazíamos coleção. Cada escaravelho encontrado era uma festa só. Gostávamos de amedrontar as meninas. Enquanto saímos para a caça as meninas punham-se a fazer roupinhas para suas bonecas. A vovó sempre as ajudava, era uma costureira de mão cheia, fazia as roupas do batizado de todos os seus netos, nada da madrinha comprar, roupa de batizado lá em casa era somente com a dona Tereza.
Quando o verão acabava era uma tristeza só. Cada um ia para a sua casa com a vontade de que o verão durasse pelo menos mais uns dois meses. Íamos nos encontrar de novo só no próximo verão, este era o motiva da saudade ser maior.
Agora todo verão é a mesma coisa: o cair da chuva no final da tarde faz com que me lembre da vovó, dos seus quitutes encantadores e das travessuras com meus primos. Na estante está o seu retrato, no dia de seu casamento, com o seu vestido branco bordado, sua grinalda na cabeça e o buquê nas mãos. A vovó era tão linda. O verão sem a vovó não é mais igual, era ela que tornava o verão realidade.
Todas minhas férias eu e meus primos íamos com freqüência para casa da vovó. Desde pequeno lembro-me de minha avó dando nomes para cada tipo de chuva: chuva de vento, chuva de condão e chuva de voltas. Quando calhava de cair uma tempestade destas que vira a tarde e entra pela madrugada afora minha avó fazia uns bolinhos de chuva deliciosos e punha-se a contar seus fantásticos causos. Era um mais horripilante do que o outro, ou então eram suas recordações de infância.
Sempre eu a ajudava com os ingredientes para os bolinhos. Ovos, leite, fermento e trigo. Quando ela misturava a manteiga ao açúcar eu sempre roubava um pouco, depois era uma briga para ver quem ia raspar a travessa, no final a vovó dava uma colher de pau para cada um e assim iniciava a disputa para ver quem dava mais lambidas.
Cada neto tinha suas preferências culinárias. Uns o bolinho de chuva, outros o bolo mármore, até hoje não sei ainda como ela fazia aquele bolo. Era extraordinário, ela misturava uma massa de bolo branco ao bolo de chocolate, colocava tudo numa forma de furo no meio. Quando assava era uma maravilha, as massas não se misturavam. Que delícia!
Enquanto o bolo não ficava pronto, todos seus netos sentavam no tapete da sala para escutá-la. Todos calados, não perdíamos uma só respiração da vovó. Eu gostava de ouvir as traquinagens que minha mãe aprontava com os seus irmãos. Era uma grande farra saber o quanto eles aprontaram na infância.
Conforme o bolo ficava pronto ela o punha na mesa, junto ao café, a lata de leite Glória e a lata de biscoitos que tinha na tampa uma gravura de uma menininha com um ramalhete de flores vermelhas. Ávidos corríamos para a mesa, a briga agora era pra ver quem ia sentar ao lado da vovó.
Os meninos depois do lanche saiam a procurar besouros, fazíamos coleção. Cada escaravelho encontrado era uma festa só. Gostávamos de amedrontar as meninas. Enquanto saímos para a caça as meninas punham-se a fazer roupinhas para suas bonecas. A vovó sempre as ajudava, era uma costureira de mão cheia, fazia as roupas do batizado de todos os seus netos, nada da madrinha comprar, roupa de batizado lá em casa era somente com a dona Tereza.
Quando o verão acabava era uma tristeza só. Cada um ia para a sua casa com a vontade de que o verão durasse pelo menos mais uns dois meses. Íamos nos encontrar de novo só no próximo verão, este era o motiva da saudade ser maior.
Agora todo verão é a mesma coisa: o cair da chuva no final da tarde faz com que me lembre da vovó, dos seus quitutes encantadores e das travessuras com meus primos. Na estante está o seu retrato, no dia de seu casamento, com o seu vestido branco bordado, sua grinalda na cabeça e o buquê nas mãos. A vovó era tão linda. O verão sem a vovó não é mais igual, era ela que tornava o verão realidade.
sábado, janeiro 19, 2008
Óculos

Brancos quadrados ou redondos?
De sol, do vovô ou de professor?
Do camelô!
Os óculos do papai Noel é redondo.
Armação de todos os tamanhos e gosto.
Grandes, enormes, pequenos . . .
Para ler, para longe ou para perto.
Transitions, uau!
Qual o seu grau?
Oculista, oftalmologista,
Atendente,
Modelo,
Gerente, 10% no cartão
Caixa,
Dinheiro, e por fim
Óculos.
sexta-feira, janeiro 18, 2008
Sete aflições

Sete cabeças contem o dragão de São Jorge
Em cada cabeça um diadema de brasas
Às mãos, pesada espada Jorge conduz
O dragão perdeu uma cabeça e o santo a sua
Sete talismãs possuem Belchior, Gaspar e Baltazar
Cada um seguiu o seu caminho após estrela findar
Os braços de Gaspar deixaram cair seus amuletos
O mago malogrou seu reino, seu incenso, seu ouro, sua mirra
Sete livros, sob a cama de Teodora dormiam
No teto de sua casa pendia um candelabro
Uma vela caiu sobre o dossel e o queimou
Teodora e seus livros morreram depois que o fogo incendiou
Sete orixás no altar de mãe menina estão postos
Búzios, guias e miçangas lado a lado permanecem
Em procissão seguiam ávidos para o novo templo
Mãe menina tropeçou e seus santos despedaçaram
Sete cartas de copas no baralho persistem
Jogada atrás de jogada, compra aqui e ali
Cada ponto da carta um coração vermelho
Triste é saber que o naipe do trunfo ouro é
Sete estrelas formam a constelação de Centauro
Suas pernas de cavalo inclinam sobre o firmamento
Cavaleiro hábil e diligente a cavalgar pelos astros
Fugiu para o austro apagando suas estrelas no boreal
Sete anos Jacob nos campos de Labão
Esperava sua Raquel trabalhando como pastor
Recebe os olhos sem brilho de Lia por pagamento
Jacob sedento por Raquel mais sete anos lidou
Em cada cabeça um diadema de brasas
Às mãos, pesada espada Jorge conduz
O dragão perdeu uma cabeça e o santo a sua
Sete talismãs possuem Belchior, Gaspar e Baltazar
Cada um seguiu o seu caminho após estrela findar
Os braços de Gaspar deixaram cair seus amuletos
O mago malogrou seu reino, seu incenso, seu ouro, sua mirra
Sete livros, sob a cama de Teodora dormiam
No teto de sua casa pendia um candelabro
Uma vela caiu sobre o dossel e o queimou
Teodora e seus livros morreram depois que o fogo incendiou
Sete orixás no altar de mãe menina estão postos
Búzios, guias e miçangas lado a lado permanecem
Em procissão seguiam ávidos para o novo templo
Mãe menina tropeçou e seus santos despedaçaram
Sete cartas de copas no baralho persistem
Jogada atrás de jogada, compra aqui e ali
Cada ponto da carta um coração vermelho
Triste é saber que o naipe do trunfo ouro é
Sete estrelas formam a constelação de Centauro
Suas pernas de cavalo inclinam sobre o firmamento
Cavaleiro hábil e diligente a cavalgar pelos astros
Fugiu para o austro apagando suas estrelas no boreal
Sete anos Jacob nos campos de Labão
Esperava sua Raquel trabalhando como pastor
Recebe os olhos sem brilho de Lia por pagamento
Jacob sedento por Raquel mais sete anos lidou
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