quinta-feira, maio 29, 2008

Poema a quatro mãos



A gente tem que começar com alguma coisa.
Coisa todo mundo tem,
Ter todo mundo gosta.
Gostar? Eu gosto de coca-cola de garrafa.
Garrafa tem origem árabe
E árabe é o quibe de minha mãe.
Mãe tem um grande coração!
Coração de galinha num churrasco. Hummmmm!
Um é o número da Trindade,
Trindade é uma ilha linda.
Linda é a minha cadela!
Cadela é a safada da minha ex-namorada, Davene!
Davene é nome de creme,
Creme protetor que a branquela usa no verão.
No verão vou à piscina,
A piscina pública está sempre lotada.
Lotada é a van que passa no pé do meu morro.
Morro sempre tem gente,
A gente tem que terminar com alguma coisa.
Renata Portella
Leonardo Barros

domingo, maio 25, 2008

Duas vidas

Possuo duas vidas.
A que vivo e a que sonho.
A que vivo dói tanto
Assim vivo sonhando

Sonho que posso mais,
Sonho que vai ser fácil
Que vai acontecer.

A dor que vivo aperta,
arrebenta,
violenta,
seca.

Com o sonho que sinto
enxergo as possibilidades:
de ter você,
de ser,
de fazer, de ir.

Preciso atar as duas
a que vivo e a que sonho.
É a vida que não dói
que te proponho.

terça-feira, maio 06, 2008

Dor


É por sofrer as dores do mundo

Que ando vacilante

Que ando em prantos

Na sua cama deito mudo

E você nem reclama

Serás que me ama? ou tens compaixão?

Ser poeta é ser soítário

Viajante errante sem chão

Sem itinerário, vago à procura

de uma Estação

O seu mundo já é domado

Nunca me pertencerá

Sei que nunca fui do seu agrado

Possuo o coração esmagado

Que de tanto amar

deixou-se entregar.