quarta-feira, janeiro 31, 2007

O pintor e sua obra.

As tuas mãos ilustram as minhas.
Com traços e rabiscos descreve-me.
A ponta de teu lápis está para quebrar.
Agora é minha mão que te pinta.

Vou colorindo aos poucos o teu corpo,
com a tinta velha da paleta.
Os tons escuros hão de te esconder.
Agora é minha mão que te pinta.

Agora é minha mão que te pinta,
frágil e tépida, lúcida e lépida.
O pintor é inábil mas sabe desenhar.
Em quadros sem molduras vou te pendurar

Agora é minha mão que te pinta,
no cavalete no canto do quarto.
Cavalete jogado, jamais utilizado.
Vou pintar a minha obra-prima em ti.

Você será a obra mais desejada.
Mas pintarei com zelo para não borrar.
Pintarei sem esboços, sem rascunhos.
Agora é minha mão que te pinta.

terça-feira, janeiro 30, 2007

Salada de Entulho

Hoje ao arrumar meu guarda roupas percebi que ainda existia umas peças que não foram usadas neste ano: Sungas!

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Quem viu Tom no domingo? Eu assisti comendo pão de queijo e bebendo suco de jaca.

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E o verão que ainda não chegou.

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Acabei de arrumar minha bagunça do período passado. Ufa!

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Comprei uma estante nova. Agora meus livros estão quase organizados.

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Ganhei uma coleção completa de Machado. Cuidado a inveja mata!

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domingo, janeiro 28, 2007

Santa Chuva

Vai chover de novo, deu na TV
Que o povo já se cansou de tanto o céu desabar
E pede a um santo daqui que reze ajuda de Deus
Mas nada pode fazer se a chuva quer é trazer você pra
mim

Vem cá que ta me dando uma vontade de chorar
Não faz assim, não vá pra lá
Meu coração vai se entregar à tempestade
Quem é você pra me chamar aqui se nada aconteceu?
Me diz, foi só amor ou medo de ficar sozinho outra
vez?
Cadê aquela outra mulher? Você me parecia tão bem!

A chuva já passou por aqui, eu mesmo que cuidei de
secar
Quem foi que te ensinou a rezar?
Que santo vai brigar por você?
Que povo aprova o que você fez?
Devolve aquela minha TV que eu vou de vez

Não há porque chorar por um amor que já morreu
Deixa pra lá, eu vou, adeus
Meu coração já se cansou de falsidade

Salve Maria Rita

Uma gota

Há tempo atrás eu podia comprovar a existência de uma alma sã habitante em mim.
Ontem eu pude comprovar que isso não passava de uma lenda.

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Anjo azul


Existe um anjo azul em meu quarto. Ele me foi ofertado como um presente de gratidão. Suas asas são desenhadas com pequenos fios d'ouro. Em suas mãos tépidas carrega um ramo de lírio, talvez seja o da paz, com três flores entreabertas e dois botões. O que mais me atrai nele é o seu olhar vago.
O que vês meu anjo?
Não sei, talvez ele possa olhar a minha alma e o meu futuro. Ou poderá ainda enxengar o meu sombrio passado rumurante.
Eu posso ver os seus pés descalços, sua tez rósea destona do quadro. Cabelos de anjo.
Os cabelos dos anjos hão sempre de ser cacheados e loiros?
Meu anjo tem cabelos de anjo.
Anjo ou anja?
Francamente meu anjo é uma monaliza, não sei ainda seu verdadeiro sexo.
Minha mãe gosta de comtemplá-lo, eu freqüentemente possuo em certo receio.
Uma coisa eu sei a respeito dele: ele é azul.

terça-feira, janeiro 23, 2007

Sou como escrevo, sou o que escrevo.

Meu vício

Para os poetas, absinto.
Os jamaicanos preferem os grogues.
Alemães, vermouth.
O meu vício é você.

Os Filatelistas preferem os selos.
Músicos querem a sua orquestra.
E os escritores sua biblioteca.
Mas eu, quero estar perto de você.

Palhaços, o sorriso.
Os médicos a cura.
As abelhas o mel.
Mas eu, procuro você.

domingo, janeiro 21, 2007

Inocência?!

E a cada dia que passa eu não consigo entender o que se passa em minha alma.
Minhas lembranças trazem o desejo de retornar a ter aquela velha vida inocente, onde tudo o que eu sabia girava em torno do meu pequenenino mundo. Hoje eu vejo além, vejo que tenho muito ainda para aprender e muito pra ver. Ainda não vi aqueles lindos corais, nem as nuvens que existem aí. O céu não será o meu limite, e isso é que me traz medo. Medo de me perder e de que a cera derreta até o fim. Até ao ponto de perder amigos e o coração.
Certas vezes eu quero ter um coração, e em outras apenas uma aventura. Algo que me tire daqui e me faça feliz. Algo em eu reconheça que irá transformar a minha história.

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Sedução

Olhos verdes rasgados pela sedução.
Olha para a vida, olha na minha alma.
sossega e acalma meu coração.
Produz suspiros na noite.
Trazendo a vontade de te olhar.

A luz que emana de ti,
Clareia o meu caminho.
Modifica o meu destino.
És a causa infinita da dor,
dor apertada, dor de amor.

Os seus olhos refletem nos meus.
Profundos enigmas produzem.
Brilham e irradiam a alegria.
Traduzem a esperança,
de te ter, um dia, para mim.

Cruzes um doce!

Ser bonzinho é muito ruim! Este ano eu prometi que deixarei de ser bonzinho e já estou cumprindo. Mas hoje eu me deparei com uma situação que me deixou meio balançado: fui chamado de um doce! Meu Deus eu não quero ser doce, prefiria que me chamassem de amargo.
Eu preciso dizer uns não por aí. Dizer não, não matará ninguém, até para mim mesmo eu preciso dizer.
Neste ano eu quero ser normal, nada de querer agradar Deus e o mundo. Eu vou ser mais eu, vou falar mais o que penso, vou pensar mais em mim. Taí vou pensar mais em mim, não quero mais fazer com os outros se dêm bem, vou deixá-los aprederem sozinhos o caminho e irei traçar o meu.
Nada de ficar ligando depois de uma noite, nada de presentes surpresas, nada de sempre pagar a conta. E nada de cavalheirismos demasiadamente.
Agora eu quero ser procurado, não vou me importar se o outro sabe, ou deixou de saber.
Este ano será proclamado como o ano do EU.
Eu vou estudar.
Vou voltar para o francês.
Vou guardar dinheiro.
Vou tantas coisas que nem me lembraria agora.
Ah! Vou escrever, e isto é muito bom.
Quero uma revolução na minha vida!
Nunca mais serei comprarado como um doce. Cruzes!

terça-feira, janeiro 16, 2007

Nevoeiro


Quando eu percebo eu já envolvi,
queria apenas me esconder em ti.
Desejaria apenas chegar manso e sumir do nada.
mas sempre deixo rastros.
Eu me encantei por ti,
e te envolvi no meu corpo.
Hoje sei que não poderia apenas te abandonar,
e ir embora no primeiro raio de sol.
Eu perco a visão, e isso não me assusta,
ando pelas ruas e não te encontro.
Gotas de chuvas molham meu rosto,
e eu lembro de ti.

domingo, janeiro 14, 2007

Instinto

Sabemos que o instinto age junto com o desejo e com a emoção. Essa soma gera uma icógnita, onde não sabemos qual será seu resultado.
O instinto aliado ao álcool gera as loucuras da juventude, onde perdemos de vez a cabeça e agimos sem pensar.
Hoje o instinto trabalhou sozinho, nada o influiu. Nem o desejo, nem a emoção. Talvez um pouco de álcool, mas quando tem que acontecer algo tudo influi.
Ela estava deslumbrante em seu vestido verde florido, seu perfume sinto em minha pele até este momento. O ambiente era o desejável. A música tinha um ar de mistério. Ela somou estes fatores e deixou para que o instinto cumprisse o seu papel.
Nada que fiz me arrependo, ou me arrependeria, mas a pulga fica atrás da orelha. Como pude me deixar levar pelos seus olhos negros delineados com a sedução!
Agora ela dorme. Amanhã terei que levá-la ao seu caminho novamente.
Ao longo da minha vida eu poderei esquecer deste seu vestido jogado aos pés de minha cama, mas nunca esquecerei sua boca, seu sorriso.
O instinto me levou até esta cama, mas as horas me levará o mais rápido possível de ti.
Para mim o meu insinto era como aquela velha medalha pendurada na cabeceira da cama, apenas um enfeite, e hoje ele vem tomar o seu lugar de origem.
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sábado, janeiro 13, 2007

Anjo no Abismo

Bela como uma noite de luar.
Estavas naquele abismo só,
um coração à procurar.
Vulnerável alma que pende no vazio.
Hoje eu te sinto e te escuto na neblina,
tu desejas um amor, mesmo que sejas tardio.
A tua força eu percebo pelo ar.
És a nota forte, talvez um dó,
mas se esconde no horizonte sombrio.

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Uma gota.

É na secura das palavras que eu sinto o meu desespero.

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Sonhos Clara . . .


Vida clara na noite escura,
a espera de um novo sonho.
Ainda sou capaz de sonhar,
sonhos de amores longos.
Alegria clara no dia que tarda,
esperando a passagem das horas,
nos cachos de teus cabelos soltos,
tenho a lembrança que me atrapalha.
Esperança clara, idéia vaga.
amor que o tempo não apaga,
vá para onde não há mais volta,
vá para o império que te afoga.
Beleza rara, coração que afaga,
caberá alguma alma aí?
Tece conflitos internos,
brinca de amores eternos.
Saudade clara, ternura clara,
doçura clara, lembrança clara,
clara, clara. . .

segunda-feira, janeiro 01, 2007

Olhos e Bocas

Dizem que os olhos não falam.
Os teus sabem falar.
Todas bocas se calam.
Quando fala o teu olhar.