Ana e o mar

As duas trazem o mar com o nome
A nadar fico am apuros seguindo a marcha
A navegar em encontros e aventuras
A que sussurra traz a vida num romance
como que pendurando em varal frouxo
roupas usadas pelo o tempo
Há na vida analogias ou repetições?
A que se impõe distrai com sua voz
me leva para conhecer o palácio
Uma é a onda que vem e a outra é a que vai.
Qual é a mais encantadora?
A que me traz a usada vida nova ou
que me arrasta para outros mares?
A narrar cada passo as duas me caminham
Do carro a Santa Teresa num segundo
Margeiam a indecisão vestindo roxo

Sereia

Não me amarre

Quero o feitiço

e ser tragado

Abro bem a alma

Todas as encantadas vozes

sussurra uma sinfonia

que ouço pela madrugada.

Sinto a sina suave

da sibila que me traga

em mares de agonia

Buganville

Certo dia acordei disposto
para roubar.
Foi um galho em flor da trepadeira.
A vizinha nem notou.
Agora sou um ladrão
de manhãs com beija-flor.