sábado, março 10, 2007

Grand Cirque

O palhaço e bailarina viviam numa província distante da capital. Eram amigos enamorados. A que dançava, bela como a lua, tinha nos cabelos as ondas do mar. O que trazia alegria, menino, tinha o brilho das pérolas nos olhos. Os dois se completavam.
Num dia nublado de inverno, surge da capital o Grand Cirque e, junto, um grande mágico. Encantava todos ao seu redor com sua magia. Encantou amigos, mulheres e crianças.
O ilusionista percebeu a beleza da bailarina e a desejou. Num passe de mágica a encantou. Se fez amigo do palhaço e escondeu sua maquiagem e seus sapatos, grandes e engraçados, para que a bailarina não mais o desejasse.
Para a bailarina aquele que fazia rir tinha perdido a sua essência. A vida do palhaço se foi esmaecendo pelo caminho. Ele escondeu-se numa gruta escura no interior da província.
A bailarina agora só dançava para o encantador. Ela já havia se apaixonado pelo ilusionista.
Aquela que baila, certo dia, foi ao encontro do palhaço. Os dois se olharam nos olhos por longos e eternos minutos. Foi como na primeira vez, eles se beijaram . Ela percebeu que estava apenas encantada pelo o que fazia mágicas e que aquele que trazia alegria era o seu amor. Decidiram se amar ali mesmo naquela gruta escura.
Mas o ilusionista não se contentou em perder a sua encantada. Ele a queria possuir mais do que nunca. Deixou-a confusa, típico de um encantador, e na madrugada ele a escondeu em sua casa. Por mais que, aquela que dança, amasse o palhaço ela não possuía forças para a fuga.
Não se sabe o que aconteceu com a bela dançarina, apenas se sabe que o palhaço saiu da pequena província e foi para a capital. Na grande capital pode fugir de seu país num navio onde encontrou uma malabarista, bela e forte como o sol. E o ilusionista seguiu para outra província com o Grand Cirque.

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