quarta-feira, junho 04, 2008

Essência


Dentro do ônibus tudo se passa
Dentro do mar inspira calma
Dentro da igreja habita o silêncio
Dentro da laranja: semente
Dentro de casa, gente
Dentro da casca a alma
Dentro de mim arde incêndio
Dentro do livro adormeçe a traça

Dentro do ônibus tem gente
Dentro do mar afoga o incêndio
Dentro da igreja limpa-se a alma
Dentro da laranja, uva passa
Dentro da casa impera o silêncio
Dentro de mim rói a traça
Dentro da casca nasce a semente
Dentro do livro refugia a calma

Dentro do ônibus é incêndio
Dentro do mar a vida passa
Dentro da igreja cheira a traça
Dentro da laranja desperta a calma
Dentro da casa, porque não alma?
Dentro de mim, ainda não sei?
Silêncio, calma, gente

6 comentários:

Sonia Regly disse...

Querido Amigo,
Posso publicar um poema seu lá no meu Espaço?? Gosto muito daqui, é um show de cultura e informação!!!!Vou te acrescentar no blogsblogs como favoritos e como fã, ok???

Sonia Regly disse...

Vou postar o poema DOR , passe por lá e confira.Beijos grandes!!!!

Sonia Regly disse...

Leonardo,
Ficou lindão, vai lá ver!!!!!

Unknown disse...

Oi, Leonardo!

Cheguei aqui, através do Compartilhando as Letras.
Sinceramente, não há palavras para decifrar a maravilhosa sensação de ler, sentir e até mesmo ingenuamente interpretar teus versos.
Parabéns pelo dom de encantar com as palavras, envolvendo sentimentos e "intrigamentos" peculiares da natureza mutante de ser.

Abraço ;)

Unknown disse...

(risos)
Leonardo, desculpa! Foi um lapso meu. Realmente, eu me referia a este poema, quado falei que me lembrava "Construção", de Chico Buarque.
(risos)
Não sei... foi falta de atenção mesmo, na hora de comentar. Sorry!

Sim, muito obrigada por sua visita. Fico mui lisonjeada! Será maravilhoso compartilhar idéias e versos com você. Ah! E claro, não merecia tanto. (risos) Se você quiser, nenhum problema em ter meus blogs linkados no seu. Será um privilégio para mim!

Deus te abençoe!
Abraço, poeta! ;)

A Paz que quero ter! disse...

acabo de conhecer seu blog através do Desassossego...
Maravilhoso e criativo esse poema,parabéns!

Aline de Arruda